Minha Casa, Minha Vida passa a financiar imóveis para famílias com renda mensal de até R$ 9.000
O governo federal anunciou neste mês de fevereiro mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, que financia a compra de imóveis para famílias de baixa e de média renda. As novas regras elevam a faixa salarial das pessoas que podem se candidatar a esse tipo de financiamento e o valor dos imóveis adquiridos pelo programa.
Com a mudança, famílias com renda mensal de até R$ 9.000 podem financiar a compra da casa própria pelo Minha Casa, Minha Vida, que oferece taxa de juros menores que as de outros financiamentos. Antes, essa modalidade de crédito estava restrita a famílias com renda média mensal de até R$ 6.500. Quem ganhava a partir de R$ 6.500,01 já não podia ser atendido pelo programa.
Quem não ganha o suficiente para financiar o imóvel pode compor a renda com um familiar ou cônjuge. O governo também aumentou o valor do subsídio concedido nas faixas 1,5 e 2 do programa. Na faixa 1,5, o subsídio passa de R$ 45 mil para R$ 47.500. Na faixa 2, sobe de R$ 27.500 para R$ 29 mil.
No programa Minha Casa, Minha Vida, os juros do financiamento variam de 5% a 9,16% ao ano, de acordo com a renda do comprador. Essas taxas são menores que as cobradas em financiamentos concedidos com recursos da caderneta de poupança, por exemplo.
"Essas medidas vão aumentar a capacidade de financiamento das pessoas, seja pela redução da taxa de juros, seja pelo aumento de subsídios. A nossa leitura é que vai melhorar a capacidade de compra de todos os públicos", afirma o diretor de marketing e vendas da construtora MRV, Rodrigo Resende.
"É o cenário ideal para quem queria comprar uma casa", complementa.
Em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, o valor máximo dos imóveis que podem ser comprados pelo Minha Casa, Minha Vida passa de R$ 225 mil para R$ 240 mil. Famílias com renda até R$ 9 mil poderão financiar imóveis de até R$ 300 mil.
Um desses lançamentos é o Grand Reserva Paulista, que começou a ser comercializado no mês de março. São 7.300 unidades, distribuídas em 48 prédios, em um terreno de 170 mil metros quadrados localizado em Pirituba, zona oeste de São Paulo. "Será um bairro planejado bem localizado, perto da Água Branca e da Lapa, no início de Pirituba", diz Resende.
Para o executivo, esse tipo de alteração atende justamente o público que precisa de moradia. "O deficit habitacional está na baixa renda. Crédito habitacional para essa faixa também é recente. Ficamos muito felizes quando surge uma notícia de fomento ao crédito para esse público."
Publicado pelo Estúdio Folha - Março de 2017
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